O e-commerce no Brasil segue em forte expansão. Segundo dados da ABComm, o setor deve crescer mais de 15% em 2025, com milhões de novos consumidores comprando online. Mas, junto com as oportunidades, vêm também as obrigações fiscais.
Se você tem ou pretende abrir um e-commerce, entender como funciona a tributação é essencial para evitar multas, organizar o caixa e garantir margem de lucro.
Índice
Por que entender a tributação é essencial para quem vende online?
Vender pela internet parece simples: basta anunciar, vender e enviar o produto. Mas, por trás de cada venda, existem obrigações fiscais e contábeis que, se ignoradas, podem comprometer seriamente seu negócio.
Alguns riscos de não estar regularizado:
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Multas por falta de emissão de nota fiscal.
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Autuações por recolhimento incorreto de ICMS.
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Perda de credibilidade com fornecedores e marketplaces.
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Dificuldades para crescer ou buscar investidores.
A boa notícia: com um contador especializado em e-commerce, você transforma a contabilidade em aliada estratégica, paga menos impostos e organiza melhor suas finanças.
Quais são os principais impostos no e-commerce?
ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias
É o imposto mais importante para quem vende produtos físicos.
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Incide em vendas interestaduais e dentro do estado.
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A alíquota varia conforme o estado (em média, 18%).
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Em vendas interestaduais, aplica-se a DIFAL (Diferencial de Alíquota).
Exemplo prático:
Uma loja online em São Paulo vende um produto de R$ 1.000 para um cliente em Minas Gerais.
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Alíquota interna SP: 18%
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Alíquota interestadual: 12%
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DIFAL a recolher para MG: diferença de 6%
ISS – Imposto sobre Serviços
Aplica-se quando o e-commerce comercializa serviços digitais (ex.: softwares, consultorias, treinamentos online).
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É municipal.
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Alíquota varia entre 2% e 5%.
PIS e COFINS
Tributos federais incidentes sobre o faturamento.
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No Simples Nacional, já estão embutidos no DAS.
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Nos outros regimes, podem ser cumulativos (3,65%) ou não cumulativos (9,25%), dependendo da atividade.
IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados
Normalmente impacta indústrias e importadores.
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O e-commerce pode ser afetado se importar produtos para revenda.
IRPJ e CSLL
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Incidem sobre o lucro da empresa.
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Mais relevantes em regimes de Lucro Presumido e Lucro Real.
Regimes tributários para e-commerce em 2025
Simples Nacional
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Limite de faturamento anual: R$ 4,8 milhões.
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Unificação de tributos em guia única (DAS).
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Ideal para pequenos e médios e-commerces.
Atenção:
No Anexo I e II do Simples Nacional, a tributação pode chegar a 11,2% até 33%, dependendo do faturamento.
Lucro Presumido
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Usado por empresas com faturamento até R$ 78 milhões/ano.
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A base de cálculo do IRPJ e CSLL é presumida (8% a 32%).
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Pode ser mais vantajoso do que o Simples, dependendo da margem de lucro.
Exemplo comparativo:
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E-commerce com faturamento anual de R$ 1,5 milhão.
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No Simples, alíquota efetiva de 12%.
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No Presumido, carga pode cair para 9%, dependendo da operação.
Lucro Real
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Obrigatório para empresas com faturamento acima de R$ 78 milhões.
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Incide sobre o lucro líquido real.
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Mais complexo, mas pode reduzir impostos em empresas com margens baixas.
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Obrigações acessórias para e-commerce
Além dos tributos, o e-commerce precisa entregar uma série de obrigações:
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SPED Contábil (ECD)
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SPED Fiscal (EFD ICMS/IPI)
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DCTF Web
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Nota Fiscal eletrônica (NF-e ou NFS-e)
💡 Dica: use plataformas integradas (Shopify, WooCommerce, Nuvemshop, Shopee) que já automatizam a emissão de NF.
E-commerce em marketplaces: como funciona a tributação?
Quando você vende via Mercado Livre, Amazon, Shopee, Magalu e outros marketplaces, precisa considerar:
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Comissões cobradas pela plataforma (10% a 20%).
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Como registrar corretamente essas despesas.
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Emissão de nota fiscal sempre em nome do cliente final, mesmo vendendo pelo marketplace.
Tributação em e-commerce cross border
Se sua loja vende para fora do Brasil ou importa produtos para revenda:
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Pode haver incidência de II (Imposto de Importação), PIS/COFINS-Importação e ICMS-Importação.
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É necessário classificar os produtos pela NCM corretamente.
Checklist prático de tributação para e-commerce (2025)
✅ Escolher o regime tributário mais vantajoso.
✅ Emitir notas fiscais em todas as vendas.
✅ Calcular corretamente ICMS, PIS e COFINS.
✅ Organizar o fluxo de caixa considerando tributos.
✅ Manter obrigações acessórias em dia.
✅ Contar com um contador especialista em e-commerce.
Conclusão – Transforme a contabilidade em aliada do seu e-commerce
O crescimento do comércio eletrônico abre oportunidades incríveis, mas também traz responsabilidades. Quem organiza a parte contábil e tributária ganha competitividade e evita riscos.
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